Ela e o esposo se mudaram da cidade para o campo, sem raízes nem conhecimento sobre a lida da zona rural, e aprenderam do zero com a ATeG.
ATeG
Casal já tinha pensado em desistir da atividade
ATeG | Há dois anos, o casal Robson dos Santos e Eliane Elias vendeu todo o gado leiteiro por falta de alimento.

A realidade somente mudou após orientações da Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT).

Proprietários do Sítio Quatro Irmãos, em Comodoro, eles deram uma chance para o programa e viram a produção saltar de 16 litros de leite/dia para um pico de 190 litros/dia.

Ela e o esposo se mudaram da cidade para o campo, sem raízes nem conhecimento sobre a lida da zona rural, e aprenderam do zero com a ATeG. “Eles abriram nossa visão, porque nós não acreditávamos mais que daria certo. Hoje com a assistência, queremos fazer tudo o que o técnico orienta e estamos felizes em viver aqui”, destacou Eliane.

De acordo com o técnico de campo, Ransvagner Garcia, a maior dificuldade da propriedade era a nutrição. “Quando estávamos bem no início dos atendimentos, eles tiveram que vender o gado adulto para não perdê-lo por falta de comida e cogitaram desistir. Mesmo com as dificuldades, vi que a propriedade tinha potencial e eles, felizmente, decidiram tentar mais uma vez”, explicou.

As melhorias na propriedade foram feitas em etapas. A ação mais rápida foi produzir capineira com irrigação simples. Segundo o produtor rural, Robson dos Santos, foi o técnico quem apresentou uma opção de alimentação de baixo custo: o BRS Capiaçu. “Ele nos orientou a plantar o capiaçu. Isso deu um resultado muito positivo e eu só tenho a agradecer pela parceria”, destacou.

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Após o plantio da capineira, foram inseridas as rações. “Começamos a trabalhar com manejo e nutrição e posteriormente orientamos sobre rações concentradas. Assim conseguimos superar essa dificuldade inicial”. No primeiro ano de atendimento, a média foi de 33 litros/ dia e no segundo ano, a média saltou para 140 litros por dia. Na renda da família, isso representou sair de um prejuízo de 19% para um lucro de 44%.

O programa possui duração de 36 meses e o casal ainda tem expectativas para o último ano de atendimento. “A intenção é chegar aos 400 litros até o final do projeto e ter três hectares de pastagem irrigados e rotacionados”, destacou o técnico.

Metodologia – Supervisionada pelo zootecnista, Túlio Marçal, a ATeG Bovinocultura de Leite está presente em 1.616 propriedades rurais e em 75 municípios de todo o estado. Segundo o profissional, o maior objetivo é estabelecer e implantar um modelo de gestão nas propriedades, englobando todo processo produtivo para contribuir na tomada de decisão.

“Acompanhamos desde o manejo com os animais, nutrição do rebanho, manejo do solo para produção de alimento até o levantamento do custo de produção para produzir um litro de leite. Assim, o técnico de campo consegue auxiliar e orientar os produtores nas tomadas de decisões dentro da propriedade”, destaca.

A ATeG é ofertada sem custo aos produtores rurais. Para participar, basta entrar em contato com o Sindicato Rural que atende a sua localidade e solicitar a demanda. Após a manifestação do interesse será analisada a logística dos atendimentos.

 

 

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A vaca é um dos animais mais importantes na produção de alimentos, sendo responsável por um dos itens mais consumidos no mundo: o leite.

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