A relação entre segurança alimentar e negócios tem ganhado força, já que um descompasso do lado da oferta afeta negativamente a demanda.
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O país tem que ter o seu território protegido, não somente em relação aos seus ecossistemas e meio ambiente, mas também com relação à produção agrícola.

O noticiário agropecuário da última semana foi marcado pelo Grupo de Trabalho de Agricultura do G20. O evento promoveu vários encontros e o resultado final foi uma declaração ministerial com pontos considerados consensuais entre os países que compõem o G20. A ideia é levar esse documento para os líderes dessas nações na Cúpula do G20 que acontecerá no Rio de Janeiro, em novembro.

 

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Essa declaração focou em quatro pontos:

  • Sustentabilidade dos sistema agroalimentares;
  • Ampliação do comércio internacional com foco na segurança alimentar;
  • Reconhecimento da agricultura familiar;
  • Integração da pesca e aquicultura nas cadeias globais.

Na visão da pesquisadora da FGV Agro, Talita Priscila Pinto, foram observados avanços importantes nesses pontos e que tornam o Brasil protagonista neste cenário. Um dos aspectos é com relação a tornar os sistemas mais sustentáveis. Ela lembra que o Brasil tem expertise nisso, pois já vem usando tecnologias como o plantio direto e a fixação de nitrogênio.

“O Brasil pode se tornar um case de sucesso em relação a produção sustentável de alimentos. A gente precisa de políticas públicas que sejam mais estruturadas e que consigam dar uma visão geral de tudo que a gente já faz e de como colocar mais tecnologia em uma escala maior, como já acontece com plantio direto”, aponta ao Agro Estadão. 

Além disso, como grande exportador, o Brasil também tem um peso quando se trata de comércio internacional. Segundo a pesquisadora, a relação entre segurança alimentar e negócios tem ganhado força, já que um descompasso do lado da oferta afeta negativamente a demanda. Como exemplo, estão os conflitos entre Rússia e Ucrânia, que mexeram com a organização de cadeias de insumos e de commodities. Nesse sentido, a pesquisadora volta a destacar o papel brasileiro nesse contexto mundial.

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“Esse é um momento muito delicado e importante para entender que o Brasil é um fator central nessa discussão, e que [o país] tem que ter o seu território protegido, não somente em relação aos seus ecossistemas e meio ambiente, mas também com relação à produção agrícola, porque a gente está falando de segurança alimentar para um planeta inteiro que tem uma população crescente”, comenta a pesquisadora. 

Além disso, o ex-secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, qualifica os resultados como “muito positivos na área ambiental”. Ele destacou a questão dos recursos para impulsionar as mudanças nesses sistemas agroalimentares. “O Banco Central conseguiu inserir alguns artigos em relação ao financiamento e isso é importante para o país”, diz Barral. 

Agricultura Familiar ganha reforço com posição brasileira

A pesquisadora da FGV Agro analisa como positivo o compromisso que o Brasil fez em continuar iniciativas que ajudem a agricultura familiar. De acordo com Talita Pinto, o governo reafirmou medidas como o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Refroma Agrária (Pronater) e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

 

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Nessa direção, ela ainda comenta sobre o papel das cooperativas. “Se eu puder falar um ponto é a força das cooperativas para trazer todo esse apoio de forma mais estruturada para esses produtores. Elas podem viabilizar uma diversidade de técnicas, políticas, inclusive de acesso ao crédito, para esses pequenos produtores, porque sozinhos eles não iriam conseguir”, avalia.

Quanto à integração da pesca e aquicultura, o que a pesquisadora vê é um potencial brasileiro para aproveitar essa oportunidade. O tema foi considerado importante dentro das negociações por ser uma alternativa de proteína animal e trazer renda para populações ribeirinhas, por exemplo. “O Brasil tem um papel muito importante pq tem um setor aí para ser ampliado”, destaca Pinto.

Fonte: Agro Estadão

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