Segundo os dados mais recentes do USDA, espera-se que a demanda global de lácteos se mantenha firme em 2025, enquanto os produtores tentam melhorar a eficiência da produção e aumentar os sólidos do leite.
No entanto, os rebanhos em declínio em mercados chave como a UE, Nova Zelândia e Austrália, juntamente com as variações climáticas, representam desafios importantes.
Nova Zelândia
Espera-se que a produção de leite na Nova Zelândia diminua em 2025, com uma estimativa de 21,3 milhões de toneladas métricas (MMT), ligeiramente abaixo da média de cinco anos de 21,5 MMT.
A tendência dos produtores para produtos lácteos frescos (manteiga e queijo) em vez de em pó resultou em uma queda nas exportações de leite em pó, especialmente de WMP (leite em pó integral), cuja participação caiu de 45% em 2019 para 41% em 2024.
Apesar da queda nas exportações para mercados como China (-5,5%) e Argélia (-18%), as exportações para mercados como Emirados Árabes Unidos e Bangladesh cresceram quase 4% em 2024.
Austrália
Na Austrália, a produção de leite crescerá 1,1% em 2025, atingindo 8,8 MMT, após um aumento de 2,7% em 2024. O consumo de leite também deve aumentar após cinco anos de declínio, embora a maior parte seja destinada à produção de queijo.
As exportações de leite em pó desnatado (SMP), leite integral em pó (WMP) e manteiga terão um crescimento moderado em 2025. A produção de queijo se estabilizará em 375.000 toneladas após uma queda em 2024.
As exportações de queijo, no entanto, serão reduzidas para 150.000 toneladas em 2025, abaixo das 165.000 toneladas de 2024. A produção de manteiga terá um leve aumento, enquanto as exportações de SMP e WMP diminuirã.
China e Índia
Na China, a produção de leite continua a crescer, afetando as importações. A maior economia láctea do mundo está importando menos, e essa tendência continuará em 2025, com uma queda esperada nas importações de leite fluido, soro de leite, manteiga, WMP e SMP.
No entanto, as importações de queijo podem se manter estáveis devido à produção interna limitada. As tensões comerciais com os EUA podem reiniciar as tarifas elevadas sobre produtos lácteos americanos, semelhantes às impostas em 2018.
A Índia, maior produtora de lácteos do mundo, continuará seu crescimento. A produção total de leite na Índia está estimada em mais de 216 milhões de toneladas em 2025, devido ao aumento do rebanho, ao apoio governamental e aos preços elevados do leite.
Além disso, espera-se que o consumo de leite, manteiga e SMP cresça, embora ainda esteja abaixo das recomendações dietéticas oficiais nas áreas rurais.
União Europeia
Na UE, a produção de leite fluido cairá para 148,9 MMT em 2024, em comparação com 149,3 MMT em 2023. Enquanto isso, a produção de queijo aumentará 0,6%, atingindo 10,62 MMT.
Esse crescimento na produção de queijo impactará a produção de outros produtos lácteos, como manteiga, leite em pó desnatado sem gordura (NFDM) e WMP.
Espera-se que as exportações de NFDM diminuam 7,6% em 2024, enquanto as de WMP cairão 3,9%. As exportações de manteiga também experimentarão uma queda de 2,1% em comparação com 2023.
Além disso, a UE firmou um acordo de livre comércio com o Mercosul, o que pode abrir novas oportunidades de exportação para os produtos lácteos.
Estados Unidos
Nos EUA, a produção de leite aumentará em 2025 devido ao crescimento esperado do rebanho, que chegará a 9,39 milhões de vacas leiteiras, um aumento de 30.000 cabeças em relação a 2024. Isso resultará em um aumento na produção de leite de 0,3 bilhões de libras.
As exportações de laticínios para 2024 estão projetadas em 11,7 bilhões de libras, com um aumento nas exportações de queijo e manteiga, mas uma queda nos produtos de leite desnatado e soro de leite.
Espera-se que as exportações de laticínios dos EUA aumentem em 2025, especialmente em manteiga e queijo, mas com uma diminuição antecipada de produtos como SMP.
Produção Global de Queijo
A demanda global de queijo continua a crescer a um ritmo anual de 2%, com a UE (43%) e os EUA (29%) como os principais produtores e consumidores. Isso indica uma tendência contínua na preferência por queijo como produto lácteo.
Fonte: Dairy Reporter
*Traduzido e adaptado para eDairyNews 🇧🇷
