A Nestlé Brasil inaugurou o Centro de Manufatura Aditiva (CMA) em seu parque fabril em Araras, interior de São Paulo.
O espaço será utilizado para a fabricação de peças em impressão 3D, destinadas à manutenção de equipamentos industriais de 16 fábricas da empresa no país. O CMA também produzirá componentes para o reparo de máquinas de café da linha Nestlé Professional.
A iniciativa faz parte dos investimentos de R$ 6 bilhões anunciados pela empresa até 2025, voltados à expansão de fábricas, implementação de novas tecnologias e fortalecimento de ações sustentáveis.
Antes do projeto-piloto de impressão 3D, iniciado em 2021, as peças precisavam ser importadas, o que poderia levar até um mês para chegar ao Brasil.
Desde a implementação das impressoras, a produção das peças é realizada em cerca de 16 horas, gerando uma economia de 80% no custo, além da redução na emissão de carbono devido à eliminação do transporte internacional.
“Uma análise das peças impressas revelou que algumas passaram a ter maior durabilidade e resistência, atingindo até 12% a mais de tempo de vida útil que as fabricadas por fornecedores tradicionais”, afirmou Donir Costa, diretor de Engenharia da Nestlé Brasil.
O CMA tem capacidade para produzir 420 itens de reposição, com planos para ampliar o portfólio. A meta é alcançar a produção de 2.200 unidades por ano, um aumento de 50% em relação ao volume atual. As peças podem ser fabricadas em 18 tipos de materiais, como fibra de carbono e resina.
A Nestlé também descentralizou parte da operação, disponibilizando equipamentos de impressão 3D nas unidades de São Bernardo do Campo (SP) e Feira de Santana (BA), que têm alta demanda por peças de reposição. “Essa descentralização reduz a logística e oferece mais agilidade no atendimento às necessidades de manutenção e reparo”, explicou Donir. O CMA em Araras continuará coordenando a produção remota de peças, com todas as impressoras interconectadas para garantir agilidade no processo.
No futuro, a empresa pretende investir na capacitação de equipes técnicas e na adoção de novos equipamentos que permitam a fabricação de peças metálicas, ampliando as possibilidades de aplicação da tecnologia.