Com 200 vacas em lactação e produção de 8.400 litros de leite por dia, o produtor Armando Rabbers, da Castrolanda, em Castro (PR), comemora os resultados da ordenha robótica que ele instalou na fazenda há 12 anos.
Com 200 vacas em lactação e produção de 8.400 litros de leite por dia, Armando Rabbers comemora os resultados da ordenha robótica — Foto: Fazenda Genética Arm / Divulgação Leite
Com 200 vacas em lactação e produção de 8.400 litros de leite por dia, o produtor Armando Rabbers, da Castrolanda, em Castro (PR), comemora os resultados da ordenha robótica que ele instalou na fazenda há 12 anos.

“Foi a primeira propriedade do Brasil e da América do Sul com ordenha robotizada”, lembra, em entrevista à Globo Rural.

A trajetória de Rabbers é ainda mais inspiradora quando se conhece a história do produtor, que tinha iniciado na atividade apenas três anos antes de se tornar pioneiro na adoção da mais moderna tecnologia de extração de leite – até então a fazenda tinha foco na agricultura e suinocultura. Na época, com apenas sete vacas, chegou a tirar 1.700 litros/dia no sistema balde ao pé.

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A propriedade de Rabbers – a Fazenda Genética Arm, que é referência em tecnologia e alta eficiência na pecuária leiteira, com plantel de vacas holandesas confinadas em free-stall -, é uma das fazendas que serão abertas à visitação na Rota do Leite, durante a Agroleite. A feira, considerada a vitrine da tecnologia da cadeia do leite da América Latina, começa nesta terça-feira (6/8) e segue até a próxima sexta-feira (9/8), no Expocenter Castrolanda, em Castro.

Fazenda Genética Arm é referência em tecnologia e alta eficiência na pecuária leiteira, com plantel de vacas confinadas em free-stall — Foto: Fazenda Genética Arm / Divulgação
Fazenda Genética Arm é referência em tecnologia e alta eficiência na pecuária leiteira, com plantel de vacas confinadas em free-stall — Foto: Fazenda Genética Arm / Divulgação

O evento é promovido pela Cooperativa Castrolanda e, segundo o presidente Willem Berend Bouwman, devem ser gerados em torno de R$ 200 milhões em negócios. “A proposta é que o produtor, em sintonia com a cooperativa e as empresas, busque informações e possa fazer negócios para melhorar a sua produção leiteira”, afirma.

Em torno de 120 mil pessoas são esperadas durante os quatro dias de feira, que reúne 330 empresas expositoras, 104 empresas patrocinadoras e 570 animais em exposição.

Entre as novidades deste ano está o lançamento do aplicativo Meu Agroleite, que traz acesso a informações como mapa do evento, atrações da feira e notícias. Para o próximo ano, conforme o gerente da Agroleite, Gustavo Viganó, estão sendo estudadas novas funcionalidades para o app, a fim de otimizar as conexões dos participantes e visitantes.

Desafios do setor

Bouwman lembra a realidade que o produtor de leite enfrenta atualmente, “com grande importação de leite em pó e pressão nos preços do produto durante o ano, diminuindo e até comprometendo as margens do produtor”. Frente a isso, a feira, que está na 24ª edição, reforça a oportunidade de ampliar a discussão do mercado do leite, apresentar tendências e inovações tecnológicas e possibilitar o aprimoramento da atividade.

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A programação de palestras é abrangente e aborda, além da pecuária leiteira, agricultura, suinocultura e outras atividades relacionadas ao setor. “Vamos levar informações para todos os elos ligados à cadeia do leite: produtores, estudantes, professores universitários, nossos parceiros e seus clientes”, ressalta.

Rota do Leite

Além disso, o evento abre a oportunidade das visitas a propriedades que são referência no setor, por meio da Rota do Leite, que já está com vagas esgotadas. Castro é a cidade com a maior bacia leiteira do país, com mais de 400 milhões de litros de leite produzidos anualmente.

Na fazenda de Armando Rabbers, os visitantes poderão conhecer de perto o funcionamento da ordenha robotizada. “Há muitas vantagens, mas a principal delas é que a vaca define quando será ordenhada, de acordo com a necessidade dela, e isso garante saúde e bem-estar animal”, considera o produtor.

Visitantes poderão conhecer de perto o funcionamento da ordenha robotizada — Foto: Fazenda Genética Arm / Divulgação
Visitantes poderão conhecer de perto o funcionamento da ordenha robotizada — Foto: Fazenda Genética Arm / Divulgação

Outro ponto destacado por ele é a manutenção da qualidade do leite produzido. “O produto que está fora do padrão exigido para a indústria é automaticamente desviado e damos a ele outro destino, como a alimentação dos bezerros”, completa. Atualmente, o sistema da fazenda conta com três braços hidráulicos.

Estão na rota outras propriedades que são referência para a atividade, sendo uma delas com produção diária de leite que chega a 15.000 litros. Ainda, locais com mão de obra familiar com alto desempenho, ordenha carrossel e o Centro de Treinamento de Pecuaristas, instituição de formação profissional focada em produtores rurais com vacas das raças Holandesa e Jersey.

Abertura

Na programação da feira, além da exposição dos animais, haverá torneio leiteiro e a entrega do Troféu Agroleite para vários segmentos. A abertura oficial do evento acontece nesta terça, às 9h30. O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, é esperado no período da tarde, quando assinará um memorando de entendimento com a Cooperativa Castrolanda para a criação do Parque Tecnológico Agroleite.

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O espaço será destinado para o desenvolvimento de soluções tecnológicas para a cadeia do leite, integrando universidades, centros de pesquisa, empresas e startups, fomentando a inovação e a competitividade do agronegócio paranaense.

Na cerimônia, o governador também fará a entrega de 17 tratores a colégios estaduais agrícolas, que vão ajudar na formação técnica dos alunos matriculados nas instituições. O investimento total no maquinário é de R$ 4,4 milhões.

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