Carlos Agote, presidente da Mastellone Hnos., revela os planos de fusão com a gigante Danone e os objetivos de expansão para fortalecer a presença da marca La Serenísima na região. Com o mercado argentino em recuperação e o potencial brasileiro em crescimento, a parceria visa otimizar operações e abrir novas oportunidades no setor lácteo.
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Em uma entrevista exclusiva, Carlos Agote, presidente da Mastellone Hnos., compartilhou detalhes sobre o futuro da La Serenísima, uma das marcas mais respeitadas da Argentina.

 

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Em meio a uma reestruturação interna e a mudanças no mercado, a empresa está buscando uma integração estratégica com a multinacional Danone para criar uma “La Serenísima Unida.” Com uma subsidiária de sucesso no Brasil, a empresa vislumbra um crescimento acelerado, alinhado ao aumento da demanda de lácteos na América Latina.

A fusão entre La Serenísima e Danone promete fortalecer as operações e a competitividade, especialmente em mercados como o Brasil, onde a marca já é bem estabelecida.

 

Carlos Agote, presidente da Mastellone: “A empresa não pode ter duas tabelas de resultados, estratégias comerciais ou relatórios diferentes.
Carlos Agote, presidente da Mastellone: “A empresa não pode ter duas tabelas de resultados, estratégias comerciais ou relatórios diferentes.

Agote explicou que é fundamental a unificação das operações com a Danone, que detém 49% das ações ao lado da Arcor. O objetivo é otimizar estratégias comerciais e operacionais, evitando conflitos de gestão entre a estrutura multinacional da Danone e o controle nacional da Mastellone. A fusão permitirá que ambas empresas atuem de forma coordenada e mais competitiva.

O controle majoritário da Mastellone ainda está nas mãos da família Mastellone e do fundo Dallpoint, mas Arcor e Danone têm até 2025 para exercer sua opção de compra e adquirir os 51% restantes. Para Agote, o mercado demanda uma unificação definitiva, e a empresa está no processo de avaliar quem manterá o controle.

Com o objetivo de crescer no mercado regional, La Serenísima já atua no Brasil por meio da Leitesol, que gera receitas de US$ 150 milhões anuais. Agote pretende fortalecer a presença nos países vizinhos e expandir a marca para novos mercados, com o apoio da estrutura global da Danone para facilitar as exportações.

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Para Agote, a produção de leite está passando por transformações tecnológicas que aumentam a eficiência e reduzem o impacto ambiental. Ele destacou que a Argentina tem potencial para adotar tecnologias que permitam aumentar a produção e melhorar o bem-estar animal.

Agote acredita que o consumo de lácteos voltará a crescer nos próximos anos, e La Serenísima espera uma recuperação de 2% a 4% para 2025, após um período de recessão. A empresa também está focada em promover o consumo de leite fresco, enfatizando seu valor nutricional e se adaptando às tendências de produtos funcionais.

A produção argentina enfrentou problemas climáticos e aumentos nos custos de alimentação, o que impactou os preços de lácteos, especialmente os queijos. Agote reconheceu que a empresa conseguiu recompor suas margens após anos de dificuldades, graças ao alívio dos controles de preços.

 

Valéria Hamann

EDAIRYNEWS

 

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A partir de segunda-feira, 18 de novembro, agricultores se mobilizam contra o acordo de livre-comércio entre a Europa e cinco países da América Latina, rejeitado pela França. François-Xavier Huard, CEO da Federação Nacional da Indústria de Laticínios (FNIL), explica a Capital as razões pelas quais o projeto enfrenta obstáculos.

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