Destino turístico com cidades históricas e arquitetura colonial, Minas Gerais também é reconhecida pela produção de uma iguaria que é preferência nacional: o queijo.
E um grupo de queijeiros da Zona da Mata Mineira, mais precisamente do município de Belmiro Braga, levou essa vocação às últimas consequências ao produzir um super exemplar de 45 kg que ficará em maturação por um ano até ser apresentado ao público na Festa do Queijo, primeiro evento de laticínios da cidade.
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O “Belmirão”, como foi batizado pelos criadores, foi feito por muitas mãos na queijaria La Porta. A mestre queijeira e empresária, Gabriela La Porta, afirma que para conseguir que a produção desse certo, foram precisos 500 kg de leite e até forma doada.
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“Além disso, o Belmirão é inspirado na receita do nosso queijo Ilha Segura, que já foi premiada duas vezes nesse ano, mesma ideia de um italiano de longa maturação”, conta.
De acordo com ela, o Belmirão ficará pelos próximos 12 meses na câmara de maturação, que controla a temperatura e a umidade do produto, para que ele possa estar nas melhores condições quando for aberto.
Queijo feito com leite próprio
Gabriela contou ao G1 que o queijo foi produzido com o leite próprio da Fazenda Paraizo Santa Helena, em Belmiro Braga, onde fica a La Porta. A fazenda tem um rebanho de 104 vacas e 44 estão na fase de lactação.
“Elas [vacas] são as responsáveis por produzir o leite da queijaria, que atualmente conta com cinco tipos de queijos artesanais, alguns premiados no Brasil e na França”.
A empresa foi inaugurada 2023, mas começou a comercializar os produtos neste ano e já conquistou uma medalha de bronze no Mundial de Queijo do Brasil, e ouro no Campeonato de Queijo de Araxá.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (Abiq), o consumo médio per capita da iguaria no Brasil é de cerca de 5,6 kg/ano.