A Embrapa e a Associação Brasileira de Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL) estão internacionalizando ações de melhoramento genético.
Até 2025, a expectativa é que 13 países da América Latina recebam avaliações genômicas da raça Gir Leiteiro feitas pelo Brasil.
A avaliação genômica dobra a velocidade do melhoramento genético, ao mesmo tempo em que reduz custos em mais de 50%, segundo a Embrapa.
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Em setembro deste ano, a Embrapa Gado de Leite (MG) enviou para o México a primeira avaliação genômica de rebanhos da raça Gir Leiteiro naquele país. Antes disso, em maio, foi entregue aos produtores bolivianos a primeira avaliação genômica internacional feita pela unidade.
Além de México e Bolívia, até o ano que vem, irão receber as avaliações genômicas de seus rebanhos produtores da Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico e República Dominicana, somando 11 países latinos.
“A exportação da genética bovina traz importantes divisas para o país e consolida o Brasil como referência em genética de bovinos leiteiros para regiões de clima tropical”, disse em nota Marcos Vinícius Silva, um dos pesquisadores da Embrapa envolvidos no Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro (PNMGL).
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Até novembro, a Embrapa Gado de Leite deverá receber informações genéticas de 350 rebanhos do exterior, totalizando cerca de 3 mil animais. O custo da avaliação é de até US$ 38 por animal.
Para ter acesso ao serviço de avaliação genética, o produtor deve procurar a associação de criadores da raça zebuína do seu país ou entrar em contato diretamente com a ABCGIL, informando sua intenção de realizar a avaliação genômica.
Em seguida, será solicitado ao produtor que envie amostras genéticas (sangue, sêmen ou pelo do animal) para um laboratório especializado (indicado pela associação).
Ainda neste ano, a ABCGIL e a Embrapa esperam disponibilizar os resultados das avaliações genômicas por meio de um aplicativo, no qual será possível verificar, ainda, os ganhos genéticos de cada rebanho, obter certificados individuais de avaliação genômica, entre outras funcionalidades.
“O interesse de outros países nos resultados do PNMGL é também o reconhecimento de um trabalho técnico-científico de sucesso que teve início em 1985, com a criação do programa”, acrescentou o presidente da associação, Evandro Guimarães.